segunda-feira, 4 de abril de 2011

Petrosul retira primeira embarcação do porto de Porto Alegre

04/04/2011 09:37:45
Na manhã de sábado, 2 de abril, por volta de 10 horas, a empresa Petrosul iniciou a retirada do navio-tanque “Pernambuco”, que se encontrava atracado ao cais há mais de 20 anos. A operação contou com o apoio dos rebocadores Taura e F.Andreis IX, que retiraram a embarcação do local e a conduziram em direção ao Rio Jacuí para ser levado ao estaleiro localizado no Rio dos Sinos. Às 11 horas o vão móvel da ponte do Guaíba elevou-se para permitir a passagem da embarcação.
Ao tomar conhecimento do fato, Vanderlan Vasconselos, diretor da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH manifestou sua alegria com o que estava ocorrendo. As tratativas para a retirada das embarcações da Petrosul, atracadas no cais, vinham sendo feitas há algum tempo sem que o fato se materializasse. Por parte da Prefeitura de Porto Alegre, conforme divulgações na imprensa, havia o consenso de que a permanência das embarcações prejudicava a paisagem de quem chega à capital do Estado. O fato de que a cidade será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 era um dos principais argumentos da administração.
No entanto a situação das embarcações da Petrosul se distinguia das demais lá localizadas. A empresa sempre pagou em dia pela atracação dos navios “Laranjal”, “Porteiras” e “Pernambuco”. Fato totalmente oposto as embarcações paraguaias, retidas pela Marinha do Brasil, após inspeção de rotina.

SOLUÇÃO - O Superintendente de Portos e Hidrovias do Estado, Vanderlan Vasconselos, considera como fator marcante na tomada de decisão a reunião ocorrida em meados do mês de março, quando a solução apresentada pela SPH foi aceita pela Petrosul. Muito mais do que apenas exigir a retirada das embarcações, a superintendência propôs um novo local para recebimento delas. Esta nova realidade foi determinante no comprometimento por parte da empresa no encaminhamento do problema.
Para a Petrosul, era preciso garantir a segurança total de suas embarcações, que embora tenham uma aparência externa degradada possui um trabalho permanente de guarda e manutenção, evitando que se deteriorem como outras embarcações localizadas no porto. Na ocasião foi manifestado que os planos da empresa são de converter o “Pernambuco” de petroleiro em graneleiro. E com isto auxiliar no escoamento da safra agrícola e no transporte de fertilizantes para as indústrias do setor. Esta conversão é importante, pois ela permite economizar um valor significativo, já que o casco será aproveitado. Com relação aos que desejavam vê-las vendidas como sucata ao ferro velho, a conversão é uma prova de que as embarcações podem continuar a ser úteis para a economia e o meio.
“Finalmente!”, comemora Vasconselos. “Temos um Projeto para o local, que já está em Brasilia, com espectativa já para Copa de 2014, de Terminal Turistico de Passageiros, com integração entre os modais rodoviários e ferroviário (Trensurb), para ampliarmos o acesso de turismo ao RS.”

FOTOS: CARLOS OLIVEIRA

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